Um testemunho-surpresa
É com um enorme prazer e orgulho que comento e enalteço as 5 mulheres do bem. do amor, da ajuda. As criadoras de sorrisos nas crianças, jovens e idosos.
Começo da mais nova à mais velha, não no sentido da própria palavra, mas no sentido figurativo da mesma,
São estas mulheres, que fazem todos os dias as crianças felizes, são muitas das vezes, as realizadoras de sonhos, as adeptas de alguém que independentemente de dolorosos acontecimentos nas suas vidas, insistem em trabalhar para serem alguém num futuro próximo, o braço direito de muitas famílias.
Trabalham todos os dias para as suas realizações pessoais, para o sucesso e acima de tudo para a satisfação da sociedade. São freiras que não estão em África, no México ou no Médio-Oriente como missionárias, mas sim, em Lisboa, inicialmente, num e actualmente em dois bairros sociais a fazer tanto ou mais que os missionários fazem.
Ensinam homens e mulheres a lerem e a escreverem, desenvolvem variadíssimos projectos e temas para abrirem mentalidades mais atrasadas e até mesmo horizontes. Entre outras são missionárias da sociedade, as missionárias das crianças e jovens, e até mesmo a companhia ideal dos idosos. Invertem todas as suas forças, muitas das vezes inexistentes para alegria e futuro das crianças. São mulheres de carne e osso como nós, usando a religião como algo superior e omnipotente para aquisição de novas baterias.
É importante também agradecer e homenagear a Carla pelo seu trabalho notável no Bairro. Uma mulher calma, serena que em 2006 corria atrás dos índios, acarinhava-os como se fossem seus filhos, uma incrível mulher que sempre apoiou tudo e todos, como prova o facto de ter deixado as suas raízes, cultura e costumes dos campos de Coimbra, para abraçar com todo o seu calor humano, uma causa e investir, mais uma vez no sucesso pessoal e dos outros. A mulher que de facto viu os jovens do nosso bairro a crescer.
É extremamente glorificante ver que existe alguém empenhado para por exemplo, ganhar um concurso que consiste no trabalho de ajudar a desenvolver as competências socioculturais, como é o caso do BIP/ZIP. Foi uma vitória desta árdua batalha que permitiu a concretização de por exemplo o workshop de culinária.
Sou sem dúvida um adolescente que aceito desafios, trabalho na ajuda com as crianças, principalmente nos Campos de Férias e submeto-me a este discurso, porque de facto é de uma enorme coragem e amor pelo próximo, que estas mulheres inicialmente duas, partem para uma aventura inacreditável.
Têm tido um trajeto com alguma turbulência e não muito fácil, com algumas perdas e momento difíceis no íntimo das suas vidas, mas mesmo assim estas heroínas não desistem.
As lágrimas que muitas das vezes deitaram, mais tarde foram substituídas por sorrisos, os maus comportamentos das crianças, mais tarde foram substituídos por um desculpa, ou um abraço, que por mais pequeno que seja o gesto, as consola imenso interiormente.
Obrigado, Júlia, Amélia, Angelina, Marta, Concha e Carla por serem as mulheres que têm sido até agora.
João Pedro Miranda
03 de Abril de 2016